Foto: Ana Paula de Faria

"SINOPSE"


“UM BRASILEIRO” que conta a história do “José João da Silva”, um migrante radicado em São Paulo, que, após enfrentar inúmeras dificuldades, vive um grave momento de crise onde o suicídio se apresenta como sua única alternativa. Neste momento crucial lhe acontece uma revelação transformadora. Devido a ela, Zé João revisita suas memórias e as emoções que carregam, atualizando-as pelo viés da revelação. Assim as encontra construtivas, amorosas, felizes. Seu olhar passa a ser do observador consciente de seu papel, que mantém e fortalece sua capacidade inteligente de refletir a cultura diferente da sua através de conteúdos lúcidos, criativos, amorosos e bem-humorados. Desta forma “Zé João” se reconstrói e se reidentifica – LIBERTA-SE !





FICHA TÉCNICA

Direção: RUBENS CURI
Elenco: MAURÍLIO DOMICIANO
Texto: SÉRGIO CARVALHO DA FONSECA e RUBENS CURI
Cenografia: DANIELA THOMAS
Iluminação: DAVI DE BRITO e VÂNIA JACONIS
Figurino: CLAUDIA SCHAPIRA
Trilha Sonora: RUBENS CURI
Fotografia: MICHELA BRÍGIDA
Criação e Projeto Gráfico: VINÍCIUS PRADO
Produção: MAURÍLIO DOMICIANO
Assistente de Produção: ANA PAULA DE FARIA e JORGE MELO
Assessoria de Imprensa: ANA PAULA DE FARIA



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SESC Consolação - Estréia do Espetáculo "Um Brasileiro"

sábado, 17 de abril de 2010

Um Brasileiro

A força do “Zé João” tem sua origem em sua história e seus conteúdos pessoais, e que é o seu maior tesouro, com a qual impregna tanto seu dia-a-dia como suas ações e realizações junto à sociedade a sua volta. Revê memórias e as emoções que carregam, atualizando-as pelo viés da revelação, encontrando-as construtivas, amorosas, felizes. Seu olhar passa a ser o do observador consciente de seu papel, que mantém e fortalece sua capacidade inteligente de refletir a cultura diferente pelo viés da lucidez, criatividade, inteligência e bom humor. Desta forma “Zé João” se reconstrói e se reidentifica – liberta-se!

O espetáculo se debruça sobre a questão daqueles que migram para as grandes cidades e passam a contribuir para a formação e desenvolvimento humano, social, econômico, estrutural e cultural dessas cidades. Partimos da idéia de que o protagonista não é um coitado e sofrido, como normalmente é considerado o migrante que não conquistou poder econômico ou social. Nosso intuito é mostrar que o migrante traz de sua região de origem a força e os conteúdos que o fará conquistar seus espaços na nova cidade. Isto representa a chegada de força, amor, fé, esperança e trabalho que são fundamentais para a formação da multifacetada realidade cultural e humana das cidades.

A proposta é que “Um Brasileiro” se comunique através de um lugar onde a razão não seja o filtro principal, mas sim a emoção e as intensidades subterrâneas desta personagem que encontra o caminho da expressão inteira e espontânea, conduzida pela urgência da felicidade lúcida e inteligente.


RUBENS CURI


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Viver em um “lugar” onde o sonho é a única coisa que temos é algo muito perigoso, pois olhar para o futuro e não ter a certeza se o sonho me será dado num outro dia... Eita!!
Mas de novo sonho...
Um sonho de garoto, de garoto ansioso que não deixa de viver o sonho que no futuro será a realidade.
Pois é, os dias passam e não vemos... só sonhamos... sonhamos... sonhamos... Até que...
Através do Teatro a realidade me é dada de presente.
Com este trabalho, “Um Brasileiro” ganho conhecimento, resgato minha cultura, fortaleço minha profissão, aprendo humildade, exerço reconhecimento e o mais importante, convivo com a amizade, que não é pouca.
O espetáculo “Um Brasileiro” sou eu, como tantos outros brasileiros que procuram soluções para suas dificuldades. Neste caminho, encontro o eixo e a fé na realização do amor por tudo aquilo que faço. Acredito no espetáculo como uma forma de comunhão com todos os que, como eu, saíram de suas terras em busca do sonho, de melhores condições de vida, e que trazem consigo a coragem, a fé, a esperança e seu melhor tesouro, que são suas origens, suas histórias e a de seus pais, avós, bisavós, de suas cidades, povos, regiões; suas lendas e crendices, suas infâncias, suas juventudes, suas velhices, suas sabedorias, inventividades, criatividades...


MAURILIO DOMICIANO



Me servindo de Bertold Brecht:
“Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilônia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros?...”
Nossas histórias sempre foram escritas do centro para a periferia, do maior para o menor. “Um Brasileiro” quebra este paradigma e só por isto, já é ousado.


SERGIO CARVALHO DA FONSECA




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"Um Brasileiro"

"Um Brasileiro"
Foto: Ana Paula de Faria

Foto: Michela Brigida

Foto: Michela Brigida

Foto: Ana Paula de Faria